segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Lembro que quando era criança um dos meus maiores medos e ao mesmo tempo um grande anseio era saber como conseguiria sair sozinha, estudar, trabalhar, será que saberia pegar um ônibus, andar pelas ruas... e de carro... como não me perderia?

Lembrei disso anteontem ao ir para o trabalho, dessa vez não fui com a mesma destreza e confiança habitual adquirida ao longo de anos de prática em andanças por aí... Teria que pegar um ônibus para um lugar relativamente conhecido mas não habitual.

Optei pelo transporte alternativo, algo não tão seguro assim mas me permitiu pedir ao motorista que me deixasse no local... o que aconteceu sem maiores problemas.
Pronto. Ao chegar senti aquela sensação de "Ufa" não me perdi e que idiota eu sou, ficar com medo de algo tão bobo.

Nessa hora lembrei do meu computador, novinho! que em apenas cinco dias de uso já me mostrou que eu me acostumo fácil com as coisas, e que só percebo isso quando elas tem que ir para o "técnico" *rs.
Já estava tão acostumada com as girafas do seu plano de fundo...
Mas o que me deixou relativamente bem foi que isso não me deixou pra baixo (como dramaticamente deixaria a anos atrás), pelo contrário... ri da minha desgraça....
até que nem tão drástica assim levando em consideração que nesses cinco dias o mais cedo que fui dormir foi às 2:30 da manhã :)...
já tinha ficado tanto tempo sem net em casa... mais 20 ou 30 dias não vão fazer diferença... não havia substancia em sofrer por isso. E com certeza as consequências desse sofrimento seriam um plus de tristeza inútil.

Será que tenho me preocupado com as coisas de fato relevantes? será que tenho me preocupado de menos? talvez por já ter me preocupado tanto por N coisas, me sinto assim tão esquisita em não estar dando importância a certas coisas.
O que tenho procurado fazer é tomar cuidado para que esses atos gerem ao menos consequências substanciais. Sejam elas quais quer que sejam.

Ninguém é criança a vida inteira... uma hora a gente cresce e aprende a pegar o ônibus. Eu poderia ter errado o caminho, como já me aconteceu muitas vezes... mas acertei! Não sozinha... com uma ajuda valiosa do motorista cheguei ao meu destino.

A um tempo decidi não me importar com aquilo que não posso mudar... decidi não me cobrar atitudes 100% coerentes aos olhos humanos. Assim como o caso de anteontem não sou eu quem dirijo a van... eu apenas disse aonde queria chegar... e no caso da minha vida o trajeto a ser percorrido e até aonde "quero chegar"... quem sabe é Cristo. Ele é o meu Condutor.


" O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." Jo 3:8